Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA)

Oceano Azul Foundation advocates for a moratorium on Deep Sea Mining.

A Fundação Oceano Azul defende que se instaure uma moratória sobre a exploração mineira em alto-mar e tem estado ativamente envolvida no processo de negociação em curso liderado pela ISA – Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos.

 

Os esforços neste sentido têm sido levados a cabo em estreita colaboração com o Governo da Costa Rica, a Deep Sea Conservation Coalition (DSCC) e os Friends of the Deep (“Amigos das Profundezas”), um grupo de Estados-membros que se uniram para pôr termo à exploração mineira em alto-mar. Para ajudar ainda mais a esta causa, a Fundação organizou workshops destinados a promover um maior alinhamento entre os Estados-membros.

 

Ouça a Dra. Diva Amon, bióloga marinha especializada no oceano profundo e Membro do Conselho de Administração da Fundação Oceano Azul:

EXPLORAÇÃO MINEIRA EM ALTO-MAR 

A pesca de arrasto de fundo, uma prática destrutiva que tem vindo a crescer nas Áreas Marinhas Protegidas (AMP), é uma séria ameaça à biodiversidade e à saúde dos oceanos. As pesadas redes utilizadas neste tipo de pesca ferem o fundo do mar, destruindo habitats essenciais e prejudicando indiscriminadamente a vida marinha. Nos últimos 65 anos, foram desperdiçados mais de 400 milhões de toneladas de espécies pescadas colateralmente pelos arrastões de fundo – de corais antigos a tubarões raros –, pondo em risco os ecossistemas.

Por entre esta realidade alarmante, ainda há esperança.

A proibição da pesca de arrasto de fundo nas AMP permite revitalizar a saúde, a diversidade e a resiliência marinhas. Vários estudos têm demonstrado que, se as AMP forem devidamente protegidas, aumentam as populações de peixes, assim como aumentam as receitas turísticas e os postos de trabalho.

Além disso, a proteção dos stocks vitais de carbono azul dentro das AMP pode desempenhar um papel fundamental na mitigação da crise climática. Os benefícios económicos destas iniciativas são significativos, com potencial para gerar milhares de milhões na economia, assegurando simultaneamente um oceano saudável para as gerações futuras.

Os governos devem proteger 30% do nosso oceano até 2030, certificando-se de que as AMP não sejam meramente simbólicas, mas sim que fiquem realmente protegidas da exploração industrial.

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