EXPLORAÇÃO MINEIRA EM ALTO-MAR
A pesca de arrasto de fundo, uma prática destrutiva que tem vindo a crescer nas Áreas Marinhas Protegidas (AMP), é uma séria ameaça à biodiversidade e à saúde dos oceanos. As pesadas redes utilizadas neste tipo de pesca ferem o fundo do mar, destruindo habitats essenciais e prejudicando indiscriminadamente a vida marinha. Nos últimos 65 anos, foram desperdiçados mais de 400 milhões de toneladas de espécies pescadas colateralmente pelos arrastões de fundo – de corais antigos a tubarões raros –, pondo em risco os ecossistemas.
Por entre esta realidade alarmante, ainda há esperança.
A proibição da pesca de arrasto de fundo nas AMP permite revitalizar a saúde, a diversidade e a resiliência marinhas. Vários estudos têm demonstrado que, se as AMP forem devidamente protegidas, aumentam as populações de peixes, assim como aumentam as receitas turísticas e os postos de trabalho.
Além disso, a proteção dos stocks vitais de carbono azul dentro das AMP pode desempenhar um papel fundamental na mitigação da crise climática. Os benefícios económicos destas iniciativas são significativos, com potencial para gerar milhares de milhões na economia, assegurando simultaneamente um oceano saudável para as gerações futuras.
Os governos devem proteger 30% do nosso oceano até 2030, certificando-se de que as AMP não sejam meramente simbólicas, mas sim que fiquem realmente protegidas da exploração industrial.