Expedição Oceano Azul Cascais | Mafra | Sintra

Fundação Oceano Azul e os municípios de Cascais, Mafra e Sintra unem-se para estudar a vida marinha da região.

 

 

Já se encontra disponível o relatório científico que constitui o resultado do levantamento e estudo dos valores naturais realizados no âmbito da expedição científica, que decorreu de 1 a 12 de outubro de 2022, no mar ao largo dos concelhos de  Cascais, Mafra e Sintra.

 

RELATÓRIO COMPLETO AQUI

 

 

A Expedição Oceano Azul Cascais | Mafra | Sintra terminou ao fim de 12 dias e de mais de 600 milhas percorridas. Organizada pela Fundação Oceano Azul e pelos municípios de Cascais, Mafra e Sintra, com o apoio do governo português, esta expedição cumpriu o objetivo de aprofundar o conhecimento da biodiversidade e dos ecossistemas marinhos da região. Este projeto é o primeiro passo para preencher a lacuna de conhecimento dos valores naturais de uma zona marinha tão próxima da capital do país.

Participaram nesta expedição 58 investigadores de instituições científicas como o MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (unidades regionais de investigação do ARDITI-Madeira, Ispa – Instituto Universitário, Politécnico de Leiria, Universidade de Lisboa,  Universidade de Évora), o CCMAR – Centro de Ciências do Mar, o CESAM – Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, a SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, o IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o IH – Instituto Hidrográfico.

Também a colaboração dos pescadores foi fundamental, uma vez que estiveram ativamente envolvidos na expedição, assegurando alguns dos trabalhos desenvolvidos com os investigadores.

 

Atividades científicas desenvolvidas no âmbito da Expedição Oceano Azul Cascais l Mafra l Sintra para o projeto AMPIC- Área Marinha Protegida de Iniciativa Comunitária.

 

Nesta expedição científica, liderada por Emanuel Gonçalves, responsável científico e administrador da Fundação Oceano Azul, e Henrique Cabral, biólogo e investigador no Institut National de Recherche pour l’Agriculture, l’Alimentation et l’Environnement (INRAE), foram realizados 270 mergulhos que permitiram realizar amostragens ao longo de 60 km de costa. Descobriram-se habitats como jardins de corais, campos de esponjas, florestas de kelp e recifes de sabelária. Também foram identificadas espécies de aves, algumas muito ameaçadas, mamíferos marinhos, como golfinhos comuns e roazes, diversas espécies de peixes, entre elas atuns, lírios e canários-do-mar, e muitas de invertebrados.

 

Movidos pela vontade de aprofundar o conhecimento do mar ao largo dos seus territórios para o poder proteger e gerir de forma sustentável,  os três municípios pretenderam, com esta expedição, assegurar uma primeira caracterização dos valores naturais da região. Para a Fundação Oceano Azul, a criação de novas áreas marinhas protegidas é decisiva para a valorização, promoção e proteção do capital natural marinho.

Os próximos passos serão a assinatura de memorando de entendimento de parceria, o lançamento do processo participativo e assegurar a continuidade dos estudos científicos.

Será lançado um documentário e apresentado o relatório científico da expedição entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023.

 

Expedição Oceano Azul Cascais | Mafra | Sintra em números

– 58 investigadores de 7 instituições parceiras num total de 150 participantes.
– 270 mergulhos, dos quais 154 mergulhos científicos com mais de 120h de observação.
– 119 estações amostradas com câmaras com isco num total de 270h de vídeo.
– 17 pescadores com 5 embarcações de 4 associações – 248 h de trabalho.
– 32 transetos para avaliar aves e mamíferos marinhos e 38 voos de drone no intertidal.
– Profundidade máxima (ROV): ~96m, Montanha de Camões.
– Mais de 1000 estudantes de 49 turmas e 33 escolas de 6 municípios.