O Programa Blue Bio Value Acceleration, dos únicos no mundo focado em biotecnologia azul, acelerou 18 startups provenientes de 12 países (Portugal, Espanha, Suíça, Holanda, Croácia, Lituânia, Polónia, Noruega, Canadá, Estados Unidos da América, Estados Emirados Arabes e Chile).
Na sua quinta edição, o programa promovido pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a BlueBio Alliance e implementado pela MAZE, recebeu 84 candidaturas provenientes de 39 países e 5 continentes, o que demonstra o crescimento deste setor, tanto em Portugal como a nível internacional.
Novos biomateriais, compostos ativos e soluções alimentares, desenvolvimento de respostas que aumentam a eficiência e a sustentabilidade do sector das pescas e da aquacultura, e restauro de habitats marinhos são algumas das áreas trabalhadas pelas startups. Em comum, todos os projetos apresentam soluções inovadoras de base tecnológica em diversas áreas que contribuem para um objetivo comum: encontrar no oceano soluções para a descarbonização das cadeias de valor.
“O Blue Bio Value procura atrair ideias tão poderosas quanto o oceano. São necessárias soluções altamente inovadoras, sustentáveis e neutras em carbono para transformar o nosso modelo de desenvolvimento económico” refere Ana Brazão, gestora do projeto na Fundação Oceano Azul. Salientou, também, que “O aumento das candidaturas ao programa nos últimos 5 anos, sobretudo de novas geografias, evidencia o crescente dinamismo do setor da biotecnologia azul, reforçando a atratividade de Portugal a nível internacional”.
O Blue Bio Value Acceleration tem a duração de 7 semanas, as quais 5 remotas e 2 presenciais. Em Outubro, as 18 startups estiveram em Lisboa e tiveram a oportunidade de fazer networking, reunir com investidores e possíveis parceiros industriais e comerciais, visitar centros de I&D e empresas relacionadas com a biotecnologia azul e, finalmente, convencer o júri com o seu final pitch.
As startups que mais se destacarem foram premiadas com um valor de 45.000 €, que será utilizado no desenvolvimento dos seus projetos tecnológicos através da Blue Demo Network* da BlueBio Alliance.
Os vencedores desta edição foram a Exogenus Therapeutics de Portugal que pretende transformar subprodutos da indústria de microalgae em soluções de saúde baseadas em nanovesículas, a Proteon Pharmaceuticals localizada na Polónia que desenvolve aditivos alimentares à base de bacteriófagos para aquacultura, e a Sophie’s BioNutrients da Holanda cujo trabalho é focado na produção de proteínas à base de microalgae.
Outras startups incluem empreendimentos ligados à restauração de ecossistemas marinhos, à produção sustentável de algas para fins como alimentos e cosméticos, ligados a tecnologias de monitoramento costeiro e prevenção de riscos associados às mudanças climáticas ou à sustentabilidade das atividades pesqueiras.
Com edições anuais desde 2018, o Programa Blue Bio Value Acceleration já contribuiu para acelerar 77 empresas de 24 nacionalidades que, através desta iniciativa, adquiriram competências de gestão de negócios e receberam orientação de um vasto leque de mentores.
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