O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul apresentam a 2ª edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos”, um fundo de 150 mil euros para apoiar projetos que contribuam para a conservação de espécies marinhas ameçadas. Devido ao sucesso da primeira edição, este ano o investimento no Fundo foi reforçado em 50 mil euros.
Sob o tema “Espécies Marinhas Ameaçadas. Da Ciência para a Consciência”, a edição deste ano vai apoiar projetos de conservação de espécies marinhas que se encontrem classificadas como Criticamente em Perigo, Em Perigo e Vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
O mero (Epinephelus marginatus), a foca-monge (Monachus monachus), manta (Mobula mobular), o tubarão-branco (Carcharodon carcharias), o grande-tubarão-martelo (Sphyrna mokarran), o peixe-lua (Mola mola) ou o papagaio-do-mar (Fratercula arctica) são algumas das espécies classificadas como ameaçadas pelo IUCN.
Após 20 anos a apoiar a conservação do oceano, o Oceanário de Lisboa juntamente com a Fundação Oceano Azul pretendem não só promover a proteção das espécies ameaçadas, através de financiamento e de apoio ao conhecimento científico, mas também elevar a consciência para a importância do equilíbrio do oceano e dos recursos marinhos, partilhando a visão de que a conservação do oceano é uma responsabilidade de todos.
Desta forma, serão elegíveis os projetos candidatos que tenham maior potencial de contribuição para a conservação da(s) espécie(s) alvo e que incluam trabalho in-situ, assegurem a qualidade científica da informação, constituam iniciativas sustentáveis e potenciem a educação. É também determinante que apresentem uma forte componente de divulgação, não apenas de teor técnico-científico, mas também para o público em geral.
Para João Falcato, CEO do Oceanário de Lisboa e administrador da Fundação Oceano Azul “ Decidimos investir mais 50 mil euros este ano devido ao sucesso da primeira edição. É essencial investir no conhecimento e conservação das espécies que correm o risco de deixar de existir no nosso planeta. É um orgulho podermos dar o nosso contributo”.
A 1ª edição do “FUNDO para a Conservação dos Oceanos”, que teve como tema “Raias e tubarões. Da escuridão para a luz da ciência”, premiou três projetos, selecionados entre as 23 candidaturas, sendo estes: ‘IslandShark’, da Universidade dos Açores e OMA – Observatório do Mar dos Açores; ‘FindRayShark’ e ‘Shark Attract’, ambos do MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. Os três trabalhos estão a ser implementados e terão um impacto significativo na evolução da competência e capacidade de proteger as raias e tubarões.
As candidaturas à 2ª edição do “Fundo para a Conservação dos Oceanos” estão abertas até 13 de julho de 2018, em www.oceanario.pt/conservacao/fundo-para-a-conservacao-dos-oceanos/
Sobre o ‘Fundo para a Conservação dos Oceanos’
O ‘Fundo para a Conservação dos Oceanos’ foi lançado em 2017, pelo Oceanário de Lisboa e pela Fundação Oceano Azul. Este fundo, atribuído todos os anos, vai financiar projetos científicos que contribuam para a conservação dos oceanos.
A 1ª edição teve como tema “Raias e tubarões. Da escuridão para a luz da ciência.”, tendo premiado os três projetos que se destacavam pela excelência das propostas, selecionados entre as 23 candidaturas. O “Fundo” assume um papel essencial e colaborativo na luta pela conservação da biodiversidade existente, promovendo um maior conhecimento sobre a biologia dos animais marinhos e a procura de soluções que permitam combater as ameaças que os mesmos enfrentam.
Sobre a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), criada em 1948, é a autoridade mundial que avalia o estado da natureza e propõe medidas para a sua conservação. Composta por 1300 organizações governamentais e da sociedade civil, a IUCN disponibiliza informação e ferramentas que permitem integrar de forma sustentável o progresso da sociedade, o desenvolvimento económico e a conservação da natureza. Neste fórum, governos, organizações não-governamentais, indústria, comunidades locais, investigadores voluntários e outras entidades trabalham em conjunto para ultrapassar os desafios ambientais do planeta, como a perda de biodiversidade, as alterações climáticas e a destruição de habitats.