Norte da ilha do Pico
No segundo dia mantivemo-nos a norte da ilha do Pico. O dia amanheceu lindo e auspicioso para os mergulhos, quer das equipas de censos quer das equipas de media. As imagens não mentem.
As câmaras científicas, às 6h30 já estavam na água para registarem tudo o que se passa na zona costeira, aos 10m de profundidade e nas zonas mais profundas, a 300m e 800m.
À tarde o tempo piorou e todas as equipas tiveram que voltar rapidamente ao Santa Maria Manuela. A única equipa que manteve o trabalho foi a dos cientistas dedicados aos ecossistemas de profundidade que, a bordo do navio hidrográfico NRP Almirante Gago Coutinho, mantiveram o mergulho do ROV “LUSO” (da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental) para recolha de amostras de sedimento para análise de microplásticos e para observar o fundo, entre os 1000m e 300m de profundidade.
O mau tempo no canal piorou ao terceiro dia mas ainda assim, durante a manhã, conseguimos realizar alguns mergulhos e tivemos a oportunidade de observar várias espécies de peixes e de invertebrados como cavacos e lagostas.
Durante a tarde fomos obrigados a parar os trabalhos e a mantermo-nos abrigados. Ainda fomos bafejados pela sorte durante alguns minutos, com um sorriso rasgados nos lábios, um cachalote juvenil protagonizou saltos e grandes “splashes” com a barbatana caudal. Corremos todos para o convés, de máquinas fotográficas nas mãos mas estava distante e acabou por mergulhar nas profundezas.
À noite “levantámos vela” rumo às Flores. Ainda seriam 24 horas de viagem, a cerca de 6 nós, com chegada prevista dia 6 de junho à noite, com o objetivo de retomar os trabalhos dia 7 de junho de manhã, ao largo das Flores.
Fotos 1 e 2 by Nuno Sá
Header e 10,11 e 12 by Manu San Félix